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A comunicação entre paciente, família e equipe médica no contexto da terminalidade torna-se complexa em função da multiplicidade de fatores envolvidos. Neste artigo, objetivamos investigar a visão do médico intensivista acerca da participação da família em situação de terminalidade em UTI e da comunicação de más notícias. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, na qual foram entrevistados seis membros da equipe médica intensivista de um hospital privado de médio porte. Da análise do conteúdo das entrevistas emergiram seis categorias: percepção sobre o paciente em situação de terminalidade; emoções frente à morte e ao morrer; conflitos éticos; família diante da terminalidade; comunicando más notícias e relação médico-família no processo de tomada de decisões. Neste trabalho, são apresentadas as três últimas categorias. Os resultados mostraram que o processo de comunicação é valorizado, com ênfase na comunicação empática, afetiva e efetiva. Quanto ao processo de tomada de decisão, ora o modelo compartilhado é utilizado, ora o modelo paternalista, dependendo da compreensão da família acerca da terminalidade. Apesar do reconhecimento da importância da família, esta é vista como presença incômoda, pois indaga e questiona. O trabalho interdisciplinar e colaborativo entre os membros da equipe de saúde tem destaque.]]>
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